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O Que É Saúde Mental?
Não existe um consenso científico em torno de um conceito de saúde mental.
Na falta de uma definição específica, vamos ver a ideia da definição de saúde em geral apontada pela Organização Mundial de Saúde (OMS):
“Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença”.
Note que, de acordo com a maior autoridade em saúde do mundo, a saúde mental é parte integrante do processo.
Não somos totalmente saudáveis se a nossa mente não se encontra em equilíbrio.
Isso nos leva à conclusão que esse é um aspecto da saúde que, se negligenciado, pode levar a consequências danosas no curto, médio e longo prazo.
Qual É A Importância Da Saúde Mental?
Você já ouviu falar das doenças psicossomáticas?
Esse é o termo usado para definir as enfermidades que nascem de distúrbios como ansiedade e depressão, para ficar só nos mais conhecidos.
Uma pesquisa publicada pela Royal Australian and New Zealand College of Obstetricians and Gynaecologists (em inglês) revela que, nos Estados Unidos, cerca de 6% da população sofre de algum tipo de doença psicossomática.
Esse é um dado que reforça a importância de estar em equilíbrio na parte mental, considerando os riscos do acometimento de doenças.
Isso sem contar os prejuízos sociais, na carreira e nos relacionamentos causados por distúrbios que impedem a pessoa de interagir normalmente e de ter uma vida produtiva.Quem pode ter a saúde mental afetada?
A pesquisa da Royal Australian College revela também que as mulheres são as que mais sofrem com as doenças psicossomáticas.
Essa tendência é confirmada pela OWD, segundo a qual, 11,9% da população feminina sofre de doenças mentais, enquanto na masculina, esse percentual é de 9,3%.
A população mais jovem, entre 15 e 49 anos, está entre a mais acometida por esse tipo de enfermidade.
Dados da OWD apontam para o aumento no número de casos entre 1990 e 2019, enquanto na população acima de 50 anos, a prevalência diminuiu.
Quais Os Problemas Da Saúde Mental?
Um dos desafios enfrentados pelos órgãos de saúde públicos e privados é vencer o estigma associado às doenças mentais.
As pessoas que sofrem de distúrbios como ansiedade e depressão e outros mais graves, como transtorno bipolar ou esquizofrenia, temem ser excluídos socialmente ou serem chamados de “loucos”.
Porém, jogar para baixo do tapete um problema grave só piora a situação.
Talvez por isso o Brasil é hoje considerado o país com o maior número de pessoas ansiosas do mundo, e um dos que mais registram casos de depressão.
É preciso superar o preconceito, algo que só é possível por meio da educação e informação.
Para isso, é fundamental conhecer os tipos de problemas de saúde da mente mais recorrentes, como eles se manifestam e como tratá-los.
Ansiedade
Qualquer pessoa pode se sentir eventualmente ansiosa em razão de algum tipo de expectativa.
Ou seja, a ansiedade em si não é uma doença.
Ela começa a se tornar um distúrbio quando se prolonga ou quando aparece sem que haja um motivo para isso.
Pessoas ansiosas estão em um estado de permanente tensão, acreditando que, a qualquer momento, algo de ruim pode acontecer.
Elas sofrem de autoestima baixa, o que gera reflexos negativos na parte social, afetiva e no trabalho.
O tratamento da ansiedade envolve em geral psicoterapia e métodos de reabilitação sociais e alternativos, como a prática de mindfulness.
Nos casos mais graves, podem ser prescritos ansiolíticos controlados.
Síndrome Do Pânico
Quando se agrava, a ansiedade pode levar a ataques de pânico, em que os medos (muitos deles irracionais) surgem de forma repentina e muito intensa, afetando fortemente o corpo.
Ataques sucessivos caracterizam a Síndrome do Pânico, um estado em que a pessoa passa a se preocupar de maneira doentia com o futuro e com o que está ao seu redor.
Normalmente, ataques de pânico estão associados a outros distúrbios comportamentais e são mais frequentes nas pessoas ansiosas ou depressivas.
Eles se manifestam também com uma série de reações físicas, como sudorese, taquicardia, tonturas e dores localizadas.
Além da psicoterapia, podem ser prescritos benzodiazepínicos, em muitos casos por longos períodos de tempo.